11/03/2013
Vitória da luta popular: Ilha do Fogo volta ao povo!
Após quase nove meses de muito empenho e ações das mais diversas naturezas reivindicando o acesso livre à Ilha do Fogo, que encontra-se ocupada pelo Exército Brasileiro, o povo de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) voltará a ter acesso à Ilha do Fogo, situada no Rio São Francisco entres as duas cidades. As ações foram desenvolvidas pelo Coletivo Amigos da Ilha, formado por estudantes e profissionais de diversas categorias.
No último dia 05, o Ministro da Defesa, Celso Amorim, em reunião com os gestores das prefeituras de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) e representante do Coletivo Amigos da Ilha, decidiu pela reabertura da Ilha para o povo.
A reunião aconteceu em Brasília e foi articulada pelo deputado federal Daniel Almeida (PC do B – BA), a partir de uma solicitação do Coletivo Amigos da Ilha, que lhe passou vasta documentação e proposições elaboradas pelos diversos segmentos e organizações que ao longo desses meses aderiram ao movimento. Segundo o deputado, não demora para a Ilha estar novamente acessível à toda população, mas o Exército permanecerá com o intuito de fazer a segurança do local.
Desde a ocupação da Ilha pelo Exército brasileiro, em setembro de 2012, muitas tem sido as ações encampadas pelo Coletivo que, a partir de diversas frentes, lutou pela Ilha do Fogo livre para acesso das populações ribeirinhas, bem como para garantia de direitos dos pescadores e pescadoras que há mais de 30 anos utilizam o espaço da Ilha como ponto de geração de renda de suas famílias; não esquecendo do Rio São Francisco, alvo de muitas ações degradantes e até sendo usado como ambiente de pesquisa de órgão do Exército norte-americano, sem o devido conhecimento da Presidência da República, do Congresso Nacional, o que foi denunciado pelo CREA-PE e pela deputada Perpétua Almeida (PC do B – AC).
Manifestações de rua, audiência pública conjunta entre as câmaras de vereadores das duas cidades realizada na própria Ilha, reuniões semanais realizadas alternadamente nos dois municípios, estudos, divulgação da causa, além de diálogo e articulação com diversas entidades e representantes políticos fizeram parte do conjunto de iniciativas do movimento em prol da reabertura da Ilha à população.
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Fonte:IRPAA
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