14/01/2014
Seca e falta de chuva revelam limites do Rio São Francisco
A Bacia do São Francisco tem um peso significativo na geração de energia elétrica do país. É responsável por 12% de toda a capacidade hidrelétrica e por 22% da produção nacional de energia, e ainda opera com muito potencial, segundo a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Mas o rio está perdendo força.
A estiagem na região de sua nascente, na Serra da Canastra, município de São Roque, em Minas Gerais, e nos seus afluentes ao longo dos cinco estados (entre eles Alagoas) e dos 504 municípios que banha, reduziu o nível de água e obrigou a Companhia a diminuir, de maneira controlada há quase um ano, a corrente do rio no intuito de acumular água na Barragem de Sobradinho, na Bahia, maior lago artificial do mundo com um reservatório de 320 quilômetros de extensão e capacidade de armazenar 34 bilhões de metros cúbicos de água.
A medida vem prejudicando atividades como a pesca, irrigação, distribuição de água e ameaçando a própria vida do Velho Chico, principalmente na região do Baixo São Francisco, que compreende os estados de Alagoas e Sergipe, segundo defendem estudiosos.
“A operação da barragem é que determina o regime das águas no Submédio e Baixo São Francisco. Como nós tivemos uma estiagem prolongada com a seca e falta de chuva, desde março de 2013, o setor elétrico solicitou à Agencia Nacional de Águas permissão para reduzir a vazão regularizada e teve permissão. Eles diminuíram a corrente de água. Soltam menos água, para melhorar o volume útil do reservatório. O lago de Sobradinho chegou no começo do ano passado com um volume de 21% do valor total, esse valor é considerado crítico”, explicou o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda.
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