06/04/2016
Rios baianos são beneficiados com obras de revitalização
Mais de 1.200 famílias foram beneficiadas direta e indiretamente com o término das obras de recuperação hidroambiental dos rios Boa Sorte e São Desidério, situados, respectivamente, nas zonas rurais das cidades de Catolândia e São Desidério, no oeste da Bahia. Essa pelo menos é a estimativa do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que, nesta semana (4 e 5 de abril), encerrou os serviços de revitalização das microbacias, após investimentos da ordem global de R$1,5 milhões.
Em vistas de aumentar a qualidade e quantidade das águas desses mananciais, o CBHSF priorizou o cercamento de importantes nascentes com fortes processos de deterioração. O resultado das ações já vem sendo observado pelo produtor rural Antônio Silva, um dos contemplados com a iniciativa. “O cercamento está evitando, sobretudo, a entrada de animais, que pisoteavam as margens desses rios”, contou.
Sua fala é reforçada pelo agricultor Benjamim Lopes da Costa, que teve a implantação, em seu território, de duas barraginhas, espécie de caixa d’água em época de chuva. “Com as fortes chuvas que caíram recentemente, as barragens estão contribuindo para o armazenamento de sedimentos, evitando a entrada nos rios, além de servir como bebedouro para o gado”, destacou.
A execução das intervenções está vinculada à realização de ações de mobilização social em todas as fases, estimulando o envolvimento das comunidades sobre a importância da preservação do meio ambiente e da manutenção contínua das benfeitorias. “Antes de revitalizarmos o rio, precisamos revitalizar as pessoas. Esses projetos não são do Comitê ou da empresa executora, são da população ribeirinha, que, a partir de agora, serão os grandes responsáveis por seus cuidados”, diz Cláudio Pereira, coordenador da Câmara Consultiva Regional do Médio São Francisco, instância ligada ao comitê de bacia.
O CBHSF já concluiu 33 projetos hidroambientais em todos os estados da bacia do Velho Chico (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe), investindo aproximadamente R$ 21 milhões oriundos da cobrança pelo uso de suas águas.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF
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