11/08/2015
Reunião do GAT debate sobre diagnósticos do Plano de Bacia
O Grupo de Acompanhamento Técnico – GAT do Comitê do São Francisco esteve reunido nos dias 30 e 31 de julho, na sede da agência delegatária, AGB Peixe Vivo, para tratar acerca da atualização do Plano de Bacia do Velho Chico. O evento, que contou com as presenças do presidente e do vice-presidente do Comitê, Anivaldo Miranda e Wagner Soares, respectivamente, focou no “diagnóstico de dimensão da participação social” e no diagnóstico consolidado do Plano.
Uma das recomendações do presidente do CBHSF é que a Nemus Consultoria, empresa contratada para atualização do Plano de Bacia, consiga traçar também um diagnóstico das dificuldades na obtenção de informações para atualização do documento. “Precisamos de uma avaliação mostrando os problemas no apanhado de dados para que possamos cobrar posteriormente aos órgãos competentes”, disse Miranda. Uma das preocupações dele, já expressada em outros encontros, diz respeito à insuficiência de informações sobre outorga e as fragilidades no cadastro de usuários das águas. “Precisamos saber quantos usuários há na bacia. E desses, precisamos saber quantos são outorgados e quais são os usos”, salienta.
Luiz Alberto Dourado, que também integra o GAT, lembra que a Nemus busca dados dos Estados e da União e que “se os dados estão furados nessas esferas, consequentemente isso vai refletir na atualização do Plano”. Ele, assim como a maioria dos integrantes da CTIL, elogiou o trabalho da Nemus e falou da importância do diagnóstico da dimensão social. “A bacia é um contexto de gente, água e meio ambiente, não dá para pensar na bacia só focando em recursos hídricos, por isso a importância de se pensar no contexto social. Nesse aspecto, a Nemus está de parabéns com o trabalho sobre quilombolas e indígenas”.
Na oportunidade, o diretor da Nemus, Pedro Bettencourt Correia, falou de alguns dos vilões da poluição do rio São Francisco, como a agricultura e o esgoto, lembrando também que, entre os pontos fracos, estão o desmatamento e a desertificação. Bettencourt enfatizou as dificuldades de gerenciamento de cadastro de outorga e demandas e também quanto à articulação entre instituições das diversas instâncias.
Bettencourt apresenta o diagnóstico consolidado
A reunião foi conduzida pela coordenadora do GAT, Regina Greco, que com o consentimento de todos os membros do Grupo, já marcou o próximo encontro para continuidade no acompanhamento do Plano de Bacia do São Francisco. Foi agendado para os próximos dias 17 e 18 de setembro, em Belo Horizonte, onde estarão reunidos membros do GAT e da Câmara Técnica de Planos Programas e Projetos – CTPPP, outra instância do CBHSF.
Regina Greco e Wagner Soares
Veja notícias da ultima reunião conjunta GAT e CTPPP que aconteceu no ultimo mês de julho.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF
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