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20/11/2014

Pesquisador vê cenário futuro ainda mais crítico para o Nordeste

Palestra de  Lincoln Muniz, na XXVI Plenária do CBHSF

Palestrante Lincoln Muniz, na XXVI Plenária do CBHSF

A primeira palestra proferida durante a Plenária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco ficou sob a responsabilidade do pesquisador Lincoln Muniz Alves, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre, órgão ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Sua apresentação, intitulada “Os extremos climáticos e perspectivas futuras no contexto da bacia hidrográfica do Rio São Francisco”, teve como objetivo reforçar o alerta para as grandes mudanças que estão sendo operadas pelo clima e qual o papel dos pesquisadores para preparar a humanidade.

De acordo com o estudioso, não há mais dúvidas quanto à vulnerabilidade do setor hídrico e do alimentício, cada vez mais impactantes na economia, haja visto a crise apresentada pelo estado de São Paulo. “Na América do Sul e América Central, entre 2000 e 2013 foram registrados 613 extremos climáticos, que atingiu mais de 5 milhões de pessoas e imensos prejuízos. Uma grande preocupação é que, apesar das evidências, se questionarmos pessoas ligadas à agricultura, principalmente, ainda vão dizer que não vislumbram essas alterações”, considera Lincoln Alves.

Ainda conforme o palestrante, não é possível prever com absoluta certeza o quadro futuro dos acidentes climáticos, pois há interferências diversas. Segundo ele, o Brasil tem um painel climático que acompanha as alterações no clima e representam as mudanças dos padrões de seca e de chuva. “É consenso no mundo os valores da temperatura média anual. Com relação às chuvas, há um consenso para o Nordeste de que há uma redução de chuvas, tanto no final do Século XX, quanto nesse início de Século XXI”, afirma ele.

No encerramento da palestra, Lincoln Alves previu um aumento dos dias secos e a redução daqueles chuvosos na região Nordeste para os próximos anos. Ele considera essencial que as políticas públicas se norteiem a partir desse cenário, pois há um planejamento para a construção de novas hidrelétricas.

ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF

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