23/11/2016
FPI da Tríplice Divisa mobiliza estados da bacia
Mais de 400 profissionais e 56 instituições começaram nesta segunda-feira (21.11) a atuar no âmbito da bacia do rio São Francisco, nos estados de Alagoas, Bahia e Sergipe. Eles participam da Fiscalização Preventiva Integrada da Tríplice Divisa, força-tarefa comandada pelas representações do Ministério Público Estadual (MPE) e Federal (MPF) dos três estados. A iniciativa tem caráter fiscalizatório, educativo, orientativo e punitivo e já começou apresentando resultados que impactam na preservação e manutenção dos diversos cursos naturais que ofertam água ao Velho Chico.
A equipe fez a reunião inicial na tarde de domingo (20.11), no município de Canindé de São Francisco, em Sergipe, e definiu os responsáveis por cada uma das equipes que atuarão em diversas frentes de fiscalização. O trabalho conta com o apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), cujo aporte financeiro foi fundamental para viabilizar o trabalho.
O vice-presidente do Comitê, Maciel Oliveira, participa das ações em Alagoas. Pela manhã, ele acompanhou o MP alagoano na feira livre do município de Arapiraca (AL), que flagrou a comercialização de mais de 200 pássaros silvestres. Os animais foram resgatados e encaminhados ao centro de triagem. Os pássaros ficarão recolhidos nos 13 dias de duração da força-tarefa. Dois responsáveis pela venda das aves foram presos.
Ainda em Alagoas, a FPI aplicou uma multa de R$ 258 mil contra a Prefeitura de Delmiro Gouveia, por manter em funcionamento o lixão da cidade. O auto de infração foi lavrado por técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Já o Departamento Nacional de Proteção Mineral (DNPM) multou o município em R$ 11 mil pela extração irregular de areia.
Em Sergipe, a equipe de saneamento flagrou irregularidades na captação de água no município de Gararu. Os motoristas dos carros-pipa informaram que captavam a água para levar para propriedades privadas e fazendas, e que a partir da próxima semana é que estariam vinculados à “Operação Pipa”, que faz o abastecimento de água às comunidades da região.
No município de Canindé, a equipe encontrou uma produção clandestina de carvão vegetal no Assentamento Mandacaru. A equipe flagrou um desmatamento em curso e um outro já consolidado, mas os responsáveis pelo crime ambiental fugiram do local ao perceberem a movimentação dos profissionais que integram a FPI.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF
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