24/02/2014
CCR Submédio discute sobre campanha em defesa do Velho Chico
A Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco abriu o debate sobre meio ambiente com a população do município baiano de Remanso, na última sexta-feira (21.02) e apresentou a campanha pelo Dia Nacional em Defesa do Velho Chico, a ser promovida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco no mês de junho próximo. Para o coordenador da CCR, Manoel Uilton dos Santos, a campanha é uma oportunidade de “se construir laços e de, mais uma vez, dizer quais são as causas que o CBHSF defende quando o assunto é a preservação do rio”.
“Eu viro carranca pra defender o Velho Chico” é o lema da campanha do Dia Nacional em Defesa do Velho Chico, que pretende, no dia 3 de junho, proporcionar um momento de reflexão e/ou mobilização no país para maior conscientização acerca da preservação do rio São Francisco. “Temos que vestir a camisa dessa campanha. Vamos chamar a atenção de todo o Brasil com atos públicos e pacíficos para que a sociedade consiga perceber as dificuldades que o rio está passando”, chamou à atenção o coordenador da CCR Submédio, Uilton dos Santos, que aproveitou a oportunidade para pedir a adesão da Prefeitura de Remanso ao movimento.
O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Remanso, Luiz Carlos Reges Barbosa, explicou as dificuldades na gestão por causa da dependência de outros setores, no que se refere aos recursos hídricos e manifestou a sua intenção de apoiar a campanha. “Fico grato por vocês terem trazido esse dialogo para a nossa cidade e por terem explicado como funciona o Comitê. Vamos iniciar também esse embate a favor rio. Estamos abertos para colaborar porque somos parte da Bacia”, disse ele.
Ainda no encontro, a comunidade local aproveitou a presença de representantes da Secretaria de Meio Ambiente para se queixar da falta de água potável em algumas localidades e do cheiro ruim que caracteriza a água quando ela chega às torneiras. O coordenador da CCR entende que o encontro também serviu para aproximar a comunidade com a instância governamental. “A população vê uma possibilidade de desabafar quando há abertura de espaços como esse”, disse Uilton Santos.
Na oportunidade, o coordenador também contextualizou como funcionam a CCR e o CBHSF e disse que a intenção com a reunião é trocar informações para garantir proteção ao rio São Francisco. O encontro serviu também para se abordar temas como transposição do rio São Francisco; a situação atual de escassez de água no país e sua relação com a Copa do Mundo; as dificuldades enfrentadas pelo setor de navegação no São Francisco.
Participaram da reunião representantes de diversas organizações, instituições e movimentos sociais. Além do coordenador da CCR, Manoel Uilton Santos, que conduziu o encontro e representa os povos indígenas no Comitê, estiveram presentes: Aluísio Ferreira Gomes, da Autarquia Educacional do Vale do São Francisco; Almacks Luiz Silva, da Associação dos Condutores de Visitantes do Morro do Chapéu; Igor Galindo, da Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa; Israel Cardoso, da Associação dos Proprietários e Condutores de Barcos da Ilha do Rodeadouro; Domingos Márcio Matos, da Colônia de Pescadores de Juazeiro; Luiz Alberto Rodrigues Dourado, do CBH Salitre; Walter Guerra, do Inema, e Zuleide Monteiro, da AGB Peixe Vivo.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF
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