20/01/2015
CCR Submédio cobra fiscalização no rio Salitre
Cobrar maior fiscalização da prefeitura de Morro do Chapéu (BA) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Inema foi um dos motivos que levaram representantes da Câmara Consultiva Regional (CCR) do Submédio São Francisco a realizarem na última segunda-feira (19.01) uma visita técnica à primeira e já finalizada fase do projeto de recuperação hidroambiental da bacia do rio Salitre, importante afluente da bacia do São Francisco, localizado no município baiano. Participaram da visita o cacique Uilton Tuxá (coordenador da CCR) e Almacks Luiz (membro).
A obra foi concluída em 2013 pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – CBHSF e recebeu recursos da ordem de R$ 800 mil originários da cobrança pelo uso da água na bacia do Velho Chico. “Gostaríamos que tanto a Prefeitura de Morro do Chapéu quanto o Inema disponibilizassem os 22 guias florestais que atuam no monitoramento do Parque Nacional de Morro do Chapéu para realizarem, em parceria com o CBHSF, o trabalho de fiscalização das intervenções”, disse Almacks em alusão às depredações que estão acontecendo em uma área de dois quilômetros de cercamento de nascentes – os arames das cercas foram cortados – e curvas de níveis realizadas pelo organismo de bacia. A obra do CBHSF está situada às margens da unidade de conservação ambiental e ajudará no aumento da qualidade e quantidade de água deste notável tributário baiano. O CBHSF, por meio da sua CCR Submédio, apresentará formalmente um documento solicitando esta fiscalização.
Para Uilton Tuxá, conscientizar a população de que os serviços beneficiarão não só os rios locais, mas também a população que depende desses mananciais, é uma meta a ser trabalhada em conjunto. “Queremos que as obras sejam continuadas pelos quase 1000 moradores que foram contemplados com os esses primeiros serviços. O diálogo social e educativo é a melhor forma para conseguirmos isso. O comitê vem fazendo a sua parte, mas precisamos da contribuição dos demais envolvidos”, observou.
Ao todo, 14 comunidades que residem no entorno de Morro do Chapéu foram agraciadas com os trabalhos do comitê, que, além de executar serviços de cercamento de nascentes e curvas de níveis, promoveu a adequação de 111 quilômetros de estradas rurais e a construção de 840 bacia de contenção de sedimentos, além do trabalho de educação ambiental e mobilização social com as populações locais. Os serviços foram executados em oito meses.
Segunda etapa
Outro motivo que levou os representantes do CBHSF à região foi acompanhar o início da segunda fase da obra. Os trabalhos priorizarão novamente a recuperação hidroambiental da bacia do Salitre, incluindo, além dos serviços já feitos na primeira fase, as chamadas paliçadas, cujo objetivo é evitar as erosões à beira dos rios. “Além desta nova etapa, tentaremos junto ao comitê uma terceira e ultima fase, que consistirá nos pagamentos por serviços ambientais aos moradores beneficiados, mais conhecidos como PSA, para que estes possam fazer o trabalho de preservação e acompanhamento desses serviços”, disse Almacks Luiz. O CBHSF investirá cerca de R$ 740 mil nesta segunda etapa.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF
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