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04/06/2019

CBHSF participa de audiência pública sobre as consequências do desastre com a barragem da Vale, em Brumadinho (MG)


Cumprindo agenda estabelecida pela Frente Parlamentar em Defesa do Rio São Francisco, o dia 03 de junho, data que marca o Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco estabelecida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) foi marcado também pela realização de uma audiência pública que tratou sobre os desdobramentos relacionados ao rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em janeiro deste ano.


Representando a Frente Parlamentar, esteve na audiência o presidente da comissão, o deputado pernambucano Lucas Ramos que trouxe para a cidade o pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, Neison Freire para apresentar relatório de pesquisa sobre os impactos da tragédia ocorrida no município mineiro, ao longo da bacia.

De acordo com o resultado da pesquisa, parte dos rejeitos chegou à região de Três Marias na bacia do Rio São Francisco e já provoca desde a sua chegada e até mesmo antes dela, impactos sociais e econômicos devido ao receio da população em consumir tanto a água quanto as produções que utilizam a água do Rio como forma de irrigação.

Na região do Vale do São Francisco onde está localizado um dos maiores lagos artificiais, a usina de Sobradinho (BA), a preocupação também incide nas questões econômicas e sociais através dos múltiplos usos das águas. “Trazer essa agenda de audiência para o Vale do São Francisco que pode sofrer com danos severos é importante porque traz essa discussão sobre como podemos intervir para além do fato ocorrido em Brumadinho, pensando, nesse caso, também em diversas outras regiões potencialmente com riscos desse porte para nossos rios. O Paraopeba já é um rio considerado morto e a gente não pode esperar que crimes como esse, e como o de Mariana, também em Minas Gerais, continuem acontecendo e trazendo tantos impactos que, em muitos casos, podem ser irreversíveis”, afirmou o deputado Lucas Ramos.

Para o pesquisador, os riscos são visíveis e por isso apontou como necessidade urgente além de uma intervenção pública sobre as barragens, a elaboração de planos alternativos para captação de águas para consumo humano. “Nós precisamos salvar o Rio São Francisco”, concluiu sua apresentação, emitindo o alerta.


Veja as fotos da reunião: 


Posicionamento do CBHSF

Acompanhando desde o início os impactos da tragédia em Brumadinho, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco segue participando das discussões no sentido de, através delas, construir caminhos para que novos desastres não aconteçam. De acordo com o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco do CBHSF, Julianeli Lima, a preocupação do Comitê é continuar garantindo e promovendo espaços abertos para o diálogo entre as instituições e a comunidade.

“Entendemos, enquanto Comitê, que este é um momento importante por envolver as comunidades que sentem de perto os efeitos diante da possibilidade de receber as águas poluídas por metais pesados oriundos da barragem que rompeu em Brumadinho. Então é importante essa participação e a discussão de políticas que possam vir a ser instituídas no sentido de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”, acrescentou o coordenador.

 

Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Fotos: Juciana Cavalcante

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