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16/10/2018

CBHSF e universidades discutem gestão de recursos hídricos em Pernambuco

Workshop realizado na UFRPE, no Recife, reúne representantes de instituições do consórcio Pernambuco Universitas para apresentação de pesquisas.

O I Workshop de Tecnologias Hídricas, Hidrologia e Gestão de Bacias Hidrográficas reuniu na segunda-feira (15), no Recife, pesquisadores e professores para apresentar projetos em desenvolvimento nas cinco universidades que participam do consórcio Pernambuco Universitas. Realizado após uma provocação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), o encontro surgiu com o intuito de estimular o diálogo entre as instituições e disseminar o conhecimento adquirido desde 2016, quando a gestão dos recursos hídricos foi incorporada como objeto de estudo do grupo.

O workshop ainda ocorre nesta terça-feira (16), no prédio da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal Rural de Pernambuco, uma das instituições que compõem o consórcio Pernambuco Universitas. Alunos e professores da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), da Universidade de Pernambuco (UPE) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) também participam do evento, que ainda contou com a presença do presidente do CBHSF, Anivaldo Miranda, e de representantes do Instituto de Agronômico de Pernambuco (IPA).

“Aqui desenvolvemos a ideia de um trabalho em rede onde cada um entende o trabalho do outro. Isso é útil para sermos mais rápidos na hora de detectar problemas e encontrar soluções nas ações de gestão dos recursos hídricos no semiárido. É preciso trazer a gestão pública para a universidade e também promover o inverso”, explicou Anivaldo na palestra de abertura do encontro. De acordo com o presidente do CBHSF, um dos grandes problemas para estimular o desenvolvimento da região da bacia hidrográfica do São Francisco é falta de um projeto nacional para a valorização e desenvolvimento do semiárido brasileiro.

“O Cerrado, que tem sido destruído em grande velocidade, e a Caatinga são dois biomas que não são considerados patrimônios nacionais. A Caatinga pode ter as respostas para o século do aquecimento global, já que ela tem uma vegetação adaptada para conviver com a falta d’água e as altas temperaturas”, declarou Anivaldo. Além do presidente do CBHSF, participaram da palestra de abertura Abelardo Montenegro, assessor especial para os campi avançados da UFRPE, coordenador geral do Universitas e membro do CBHSF; o engenheiro João Recena e o pesquisador sênior do IPA, Geraldo Eugênio.

Representantes das instituições participantes apresentaram os projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento nas universidades e professores e alunos exibiram, em sessões técnicas realizadas na segunda e nesta terça, os resultados das pesquisas já aplicadas.

“Esse encontro aqui é um produto, é uma resposta do Consórcio Universitas, que está programando várias outras atividades também, além das nossas reuniões regulares. O workshop é importante porque os coordenadores das instituições vêm mostrar as ações gerais, mas os resultados dos trabalhos específicos são os alunos que vão apresentar, cada um deles representando as equipes das quais fazem parte”, destacou a professora Arminda Saconi, da Unicap.

Para Ana Marinho, pró-reitora de extensão da UFRPE, o encontro ser realizado na Pró-Reitoria de Extensão da universidade mostra a preocupação do projeto em tornar viável o resultado dos estudos desenvolvidos. “Estamos com vários pesquisadores tentando entender como é que se faz uma gestão de recursos hídricos no semiárido para que, assim, a gente possa transformar isso em extensão, ou seja, em algo que seja pesquisado e tenha um resultado que a gente consiga levar para o usuário”, destacou.

O membro do CBHSF e professor da UFRPE Abelardo Montenegro também evidenciou a importância de desenvolver projetos acadêmicos que possam ser aplicados. “Obviamente que, como professor, a gente desenvolve trabalhos acadêmicos, orienta teses e dissertações, mas é essencial, e cada vez mais urgente, que as teses e estudos avançados tenham conexão com as demandas da sociedade. E o fórum, o parlamento chamado comitê, representa esse perfil, ele traz de fato o desafio que é fazer pesquisas que possam gerar produtos que sejam assimiláveis pela sociedade”, pontuou.

“Uma das funções principais de um comitê de bacia hidrográfica é promover as articulações institucionais necessárias ao cumprimento das metas do Plano de Recursos Hídricos da bacia e necessárias à gestão da água em geral. O objetivo do workshop foi mobilizar essas instituições para que elas possam cooperar no sentido de dar respostas científicas de caráter objetivo aos grandes desafios para a gestão de recursos hídricos na bacia do Rio São Francisco”, finalizou Anivaldo Miranda.

Confira as fotos do evento:

Programação

Nesta terça-feira (16), na sede da Pró-Reitoria de Extensão da UFRPE, no Recife, são realizadas as três últimas sessões técnicas do workshop, com início às 8h. Gestão e revitalização de bacias hidrográficas, hidrologia social e gestão da informação estão entre os temas dos trabalhos apresentados ao longo da manhã. O encerramento do encontro ocorre às 16h.

*Texto: Allan Nascimento

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