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15/05/2019

Atuação do sistema elétrico durante o rompimento de barragens


Gerente do ONS mostra, em Seminário realizado pelo CBHSF, como foi a operação na UHE Retiro Baixo.


A terceira apresentação da manhã, do Seminário Segurança de Barragens da Bacia do Rio São Francisco, que está sendo realizado em conjunto com a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, em Brasília, foi feita pelo gerente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Vinicius Forain Rocha. Ele apresentou o diagrama esquemático das usinas hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN), além da malha de transmissão.

“O SIN cobre quase todo o território nacional, estendendo-se do Pará ao Rio Grande do Sul, da costa ao Acre. Manaus e Macapá já estão interligadas. Atende a praticamente todo o consumo de energia elétrica do país. A única capital isolada é Boa Vista”, disse.

Rocha apresentou a rede básica e os múltiplos proprietários: um total de 118. Além da função de transporte de energia das usinas aos centros de carga, a rede permite otimizar a economia do uso de recursos do SIN e melhorar a segurança elétrica. Sobre planejamento de operação, explicou que são considerados dois aspectos: custo e segurança do suprimento para evitar racionamentos e minimizar custos de operação, além de ocorrências, e minimizar os efeitos de blecautes. Por questão de segurança, pode ser feito ainda o despacho térmico e operação dos equipamentos de geração e transmissão; e por custo, a operação do sistema de reservatórios e despacho hidrotérmico. O objetivo é uma operação segura ao menor custo possível.

O gerente falou também sobre o aspecto de incertezas de recursos que deve ser considerada pelo ONS. Para médio prazo, horizonte de até cinco anos com acompanhamento mensal; em curto prazo, até 12 meses e acompanhamento mensal ou semanal; e curtíssimo prazo com horizonte de até uma semana e acompanhamento a cada meia hora.

Rocha abordou também as restrições impostas ao ONS devido aos usos múltiplos da água, condicionantes ambientais e controle de cheias. Ele explicou que, no caso de cheias, o ONS atua junto aos reservatórios para evitar dados por inundação em locais a jusante. Uma das bacias que conta com o controle do ONS em caso de cheia é a do Rio São Francisco, que envolve as áreas urbanas Pirapora (MG), Juazeiro (MG), Petrolina (PE), Traipu e São Brás (AL), entre outras. Ele apresentou como funciona o sistema de reservatórios de controle de cheias no Velho Chico.
O gerente apresentou também como foi a atuação do ONS durante o rompimento da barragem de Brumadinho. “Foi executada operação de rebaixamento do reservatório da UHE Retiro Baixo com o objetivo de criar um volume vazio para o recebimento de rejeitos”, informou.


Veja as fotos:


A partir de março de 2019, o consórcio operador da UHE Retiro Baixo definiu o procedimento operativo de manter o reservatório próximo de seu nível máximo normal com o objetivo de aumentar o tempo de residência dos sedimentos de rejeito e assim aumentar o volume retido de sedimentos.

 

Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Iara Vidal
*Fotos: Ricardo Botelho

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