02/01/2014
A canoa de tolda faz parte da história do Velho Chico e do Brasil
Ao passar pela orla de Penedo deparei-me com uma cena que há décadas Penedo não mostra mais. A presença de uma canoa de tolda ancorada no resto de leito do Velho Chico, nas imediações Rodoviária da cidade.
A minha memoria ainda fértil das lembranças de uma conversa que mantive com Murilo Resende, oriundo da fazenda Intans, pertencente ao Curral das Pedras, município de Gararu que nos relatava no ano comemorativo dos 500 anos do rio São Francisco.
Com a propriedade de quem viveu nos tempos da canoa de tolda, Murilo puxou pela memória que lhe fazia encher os olhos de lágrimas o que passo a narrar.
“Vi ainda menino canoas de tolda que eram responsáveis pelo transporte de todo o arroz produzido por essa beira de rio acima, caso da Marialva do seu Augustinho Gonçalves de Propriá-SE, que carregava 1200 sacos, o equivalente a 72 toneladas, tio empresário aposentado de Penedo Arnaldo Gonçalves. Outras tantas que carregavam 800 sacos, 48 toneladas descendo e subindo o velho Chico singrando as águas povoadas de peixes e que anualmente se rebelavam durante as cheias dragando o leito do rio da unidade nacional dando vida ao povo barranqueiro”. Triste faz silêncio para uma pausa Murilo Resende.
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