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09/05/2013

CBHSF realiza em Penedo a segunda oficina sobre Usos Múltiplos

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – CBHSF deu inicio à segunda Oficina de Usos Múltiplos das Águas do Velho Chico nesta quinta-feira, dia 9 de maio, no município de Penedo, em Alagoas. O evento, que acontece na Casa da Aposentadoria, no Centro, conta com a participação de representantes de vários segmentos ligados ao São Francisco, como irrigação, aquicultura, energia, turismo, lazer e meio ambiente, entre outros.

Na abertura do encontro, o presidente do Comitê, Anivaldo Miranda, lembrou que não só a geração de energia pode induzir conflitos na bacia do São Francisco. “Por isso, é importante que estejamos atentos também aos projetos de toda a natureza que são criados isoladamente e que podem causar impactos ambientais na bacia”.

Estiveram presentes, também, na mesa de abertura, o secretário do Comitê, Maciel Oliveira, o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco, Carlos Eduardo Junior, e o prefeito de Penedo, Marcius Beltrão. O evento terá duração de dois dias. As atividades da oficina estão sendo conduzidas pelos moderadores Rosana Garjulli e Francisco Carlos Bezerra, ambos com anos de experiência na área de mobilização, contando ainda com a colaboração do especialista em Hidrologia Pedro Molina. A equipe atuará ainda na próxima oficina a ser promovida pelo CBHSF em Juazeiro (BA), nos dias 21 e 22 de maio.

O presidente Anivaldo Miranda evidenciou que “todos os setores estão convidados à participar dessa discussão que envolve a água e que, consequentemente, afeta a economia, a cultura…do São Francisco”. Preocupado com a diminuição das vazões nos reservatórios de Sobradinho (BA) e Xingó (SE), autorizada pela Agência Nacional de Águas – ANA, o presidente alerta: ”Discutir os usos múltiplos é fundamental, principalmente porque a disponibilidade de água tende a diminuir cada vez mais”.

Ainda em seu pronunciamento, Miranda destacou que o desenvolvimento populacional deverá provocar mais impactos ao meio ambiente. “A nossa população está crescendo e os impactos ambientais com as reduções de vazões, por exemplo, são gigantescos na bacia do São Francisco. Além disso, o aquecimento global já cobra seu preço pela ação do homem. Vamos enfrentar cada vez mais crises como essa de secas mais prolongadas, caso a sociedade continue esquecendo que o rio é um ecossistema”, completou.

O secretário do CBHSF, Maciel Oliveira, lembrou que cuidar do Velho Chico (e de seus sobreviventes), deve ser uma prática conjunta. “Temos a obrigação de nos preocupar com a situação dos últimos peixes que restam no rio. Já não temos surubim por aqui. Essa oficina é para todos se posicionem e se comprometam com as causas do São Francisco”.

“O objetivo dessas conversas é trazer o olhar de cada segmento, pesca, hidroviário, energético… para melhor entendimento e intervenção nos uso das águas”, completou o coordenador da CCR do Baixo São Francisco, Carlos Eduardo Junior, ao contextualizar como essa série de três oficinas foi pensada pelo CBHSF.

ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF

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