21/12/2018
Presidente do CBHSF participa da 11ª Reunião Ordinária do Conselho Gestor do Projeto de Integração do Rio São Francisco
Anivaldo Miranda esteve presente ao último encontro do ano, em Brasília para prestação de contas do PISF.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, esteve em Brasília (DF) para a 11ª Reunião Ordinária do Conselho Gestor do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (CGPISF), realizada na sede do Ministério da Integração Nacional na tarde desta quarta-feira, 19 de dezembro.
Na pauta do encontro, a aprovação da ata da reunião anterior do grupo, informes gerais, como o andamento das obras, o Plano de Gestão Anual 2019, contrato de adução de água bruta e energia alternativa / modelagem do Serviço de Adução de água bruta. Na apresentação sobre as obras do PISF foram atualizadas as informações sobre o andamento do projeto.
O empreendimento está com 96,40% de avanço operacional nos dois eixos, sendo 95% no Eixo Norte e o Eixo Leste já está com 100%. Ao todo, o PISF vai beneficiar mais de 12 milhões de habitantes em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Eixo Leste
Inaugurado em março de 2017, atende quase um milhão de habitantes em 35 cidades. Foi projetado para para levar água para cerca de 4,5 milhões de pessoas em 168 municípios em Pernambuco e na Paraíba. A água ‘Velho Chico’ tem percorrido os 217 quilômetros dos canais e das demais estruturas de engenharia, que a conduzem desde Floresta (PE) até o leito do Rio Paraíba, em Monteiro (PB).
Eixo Norte
As grandes estruturas estão prontas. A expectativa é que a população do Ceará seja beneficiada no primeiro trimestre de 2019. No início de fevereiro de 208, foi acionada a segunda estação de bombeamento em Cabrobó (PE), o que permitiu perenizar o açude Nilo Coelho, em Terra Nova (PE) e reforçou e garantiu o abastecimento de 9,2 mil habitantes, 4,2 mil na área rural e 5 mil na urbana.
Em sua fala, Anivaldo Miranda ressaltou o fator humano da integração do Velho Chico e sugeriu formas participativas nos municípios, que envolvam todos os usuários da água, a exemplo do que ocorre na formação dos comitês de bacia, como o CBHSF. “Em um futuro próximo seria necessário criar formas colegiadas em que gestores municipais e usuários da água possam ter um canal de diálogo. Senão vai ser uma relação entre geradores e consumidores, empobrecida e que não se esgota nisso. É preciso ter um olhar sobre a interação entre os atores envolvidos e suas expectativas.”
Miranda também enfatizou a importância de ações para esclarecimento da opinião pública. O Projeto de Integração do Rio São Francisco destina mais de R$ 1 bilhão do seu orçamento global aos programas ambientais, o que representa mais de 10% dos investimentos do projeto. Atualmente, são desenvolvidos 38 programas socioambientais.
Outro ponto destacado pelo presidente do CBHSF foi a importância do Programa de Revitalização do Rio São Francisco. Ele comentou que comentou que houve barreiras fiscais neste último ano que frustraram expectativas sobre o avanço dessas ações. “Esse programa é fundamental. Se não tiver água na bacia do São Francisco, tudo que estamos discutindo aqui perderá o sentido.”
Miranda comentou que a obra do PISF foi dividida entre estados de bacias doadoras e receptoras e que chegou o momento para caminhar no sentido oposto e fazer uma grande unidade entre os estados envolvidos no projeto, desde Minas Gerais até o Ceará. “Para fazer com que a obra da transposição possa, de fato, além de resolver os seus desafios, servir de instrumento para a segurança hídrica das regiões tão vastas quanto importantes. Agora, a família do rio São Francisco aumentou, no ônus e no bônus.”
“O grande empenho do CBHSF é fazer com que as populações, a opinião pública e os estados das bacias receptoras integrem esse grande coro de intenções para que de fato o PISF possa finalmente ter um desbodramento com a velocidade e a dinâmica que o desafio da questão da água requer”, informou. No encerramento de sua participação na reunião, o presidente do CBHSF resumiu as expectativas em relação a 2019. “Meus votos são de que o trabalho deste Conselho Gestor não perca a continuidade. A sabedoria de cada novo governo é inovar, mas mantendo a continuidade daquilo que é permanente.”
*Texto e fotos: Iara Vidal
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