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03/12/2018

Circuito Penedo de Cinema contou com a apresentação de trabalhos acadêmicos, planejamento do audiovisual alagoano, mostra infanto-juvenil, mesa-redonda e mostra competitiva


Um sábado movimentado às margens do Rio São Francisco, em Penedo (AL): ambulantes vendiam seus produtos, pessoas lotavam o comércio da cidade e o Circuito Penedo de Cinema com uma manhã de apresentações de trabalhos acadêmicos e do Planejamento Estratégico do Audiovisual Alagoano 2019-2021.

No Centro de Extensão Universitária (CEU), Felipe Guimarães que integra o Fundo Setorial Audiovisual de Alagoas (FSAL) explicou aos participantes todo planejamento do audiovisual alagoano até 2021. “Entre as nossas estratégias estão a garantia da continuidade das mostras e festivais existentes, estímulo à formação de público e à criação de novos espaços de exibição, criar mecanismos de divulgação de espaços para discussão, garantir a sustentabilidade do Arte Pajuçara, garantir o acesso audiovisual alagoano de forma ampla e inclusiva”, pontuou.

Luciana Oliveira, de Sergipe, é produtora audiovisual e participou da explanação de Felipe Guimarães sobre planejamento estratégico do audiovisual alagoano. Ela garantiu ter aprendido bastante sobre o assunto: “em Sergipe reativamos o Fórum de Audiovisual e estamos rediscutindo as questões políticas, produção e mercado audiovisual. Temos que pensar em estratégias para que o Estado apoie os projetos produzidos. Todo conhecimento daqui será aplicado lá. É uma grande batalha que estamos travando, mas esperamos conseguir êxito”.

Trabalhos acadêmicos

Em paralelo à apresentação do Planejamento Estratégico do Audiovisual Alagoano aconteceu na Câmara de Vereadores a apresentação dos trabalhos acadêmicos dos universitários. Foram 12 trabalhos trazidos para o Circuito Penedo de Cinema que abordaram as temáticas documentários sobre gênero, racismo, cinema experimental e infância.

No início da tarde aconteceu uma mesa-redonda com o tema “A Sobrevivência das Imagens: documentário e ditadura militar no Brasil. A mesa-redonda aconteceu na Câmara de Vereadores.

ManduCA

A Mostra de Cinema Infantojuvenil de Cachoeira (ManduCA) é uma realização do grupo PET CINEMA/Universidade Federal do Recôncavo Baiano. Este é o único Programa de Educação Tutorial de curso de Cinema no país e desde 2017 concentra suas pesquisas e ações em torno da interface Cinema e Educação.

Para a estudante de enfermagem de Sergipe, Camila Silva, que veio pela primeira vez para o Circuito de Cinema e trouxe seus familiares, esse tipo de evento não pode acabar nunca. “É importante que empresas invistam no evento que movimenta a cultura e economia local. Além disso os filmes conscientizam, ajudam na preservação ambiental e conservação do Rio São Francisco”, observou.

Já na noite de sábado, a Praça 12 de Abril, onde fica a sala de exibições, ficou repleta de pessoas que aguardavam ansiosas o momento de início do 11° Festival de Cinema Brasileiro. As películas exibidas foram: Lençol de Inverno, Escolhas, A sombra do interior, Acúmulo e Intocável.

Para Cadu Ávila, antropólogo e produtor cultural da Secretaria de Estado da Cultura (Secult/AL), a Mostra de Cinema é um espaço valioso que reúne filmes de todo país e é janela para produção audiovisual de Alagoas para o Brasil. “Acredito que o Circuito Penedo de Cinema é o maior espaço de exibição em Alagoas e tem cumprido um papel fundamental na consolidação da cena cultural ligada ao Cinema. A secretaria de Cultura tem a honra de ser co-realizadora do circuito e tem investido muito no audiovisual, como: renovação dos equipamentos do Núcleo de Produção Digital – NPD, que já conta com a tecnologia 4k para produção de filmes Alagoanos; lançamos o maior edital em Alagoas para o setor do audiovisual no valor R$ 3 milhões, onde teremos a gravação de 15 curtas, 2 longas-metragens e um telefilme. Estamos preparando para 2019 um edital de mais de 8 milhões. Assim estamos incentivando a indústria do cinema em Alagoas. E fazendo a economia criativa da cultura se fortalecer”.

Após a apresentação dos filmes aconteceu a mostra do longa-metragem: Beiço de Estrada [Bate-papo com o diretor Eliézer Rolim]. A noite se encerrou com a programação cultural. O público animado dançou ao som da banda Olha o Xote e discotecagem na Praça 12 de Abril.

 

*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Edson Oliveira

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