04/06/2018
Diferentes minicursos acontecem na tarde do segundo dia do II SBHSF
Mesa Redonda sobre Mobilização e Dimensão Territorial promove novos debates.
O segundo dia do II Simpósio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (II SBHSF) teve uma tarde repleta de muito conteúdo e novas possibilidades de aprendizado. As programações aconteceram nas salas da Didática VII, inaugurada nesta manhã, na Universidade Federal de Sergipe (UFS) na Cidade Universitária Prof. José Aloísio de Campos, s/n – São Cristóvão.
Os minicursos que conquistaram destaque nesta tarde foram: ‘Prevenção e Controle das Doenças de Contaminação Hídrica e Pluviometria Social’, ministrado por Ana Virgínia Marinho, pertencente ao eixo Qualidade e Quantidade da Água.
Sobre ‘Políticas de Resíduos Sólidos Experiências Brasileiras e Internacionais’, quem falou sobre o assunto foi Tiago Trentinella Morais da Silva, temática que pertence ao eixo Qualidade de Vida e Saúde. As metodologias participativas aplicadas em pesquisa sobre o Rio São Francisco foram abordadas por Ângela Fagna Gomes de Souza e o último minicurso foi sobre ‘Mapas Conceituais e a Definição de Segurança Hídrica’, ministrado por Carlos Hiroo Saito, ambos pertencentes ao eixo Mobilização e Dimensão Social.
As apresentações orais do eixo Território, Governança e Gestão das Águas foram: Transposição do Rio São Francisco em Floresta-PE: Projeto X Realidade, por Ana Paula de Moraes. Hidroelétrica de Xingó e Status dos Impactos Socioambientais no Baixo São Francisco, por André Ágassi Reis Lapa. Gestão de Recursos Hídricos em Reservatórios atendidos pelo projeto de integração do Rio São Francisco, por Bartolomeu Vieira de Melo. Avaliação do risco ecológico potencial do baixo curso do Rio São Francisco em função de elementos traço em sedimentos superficiais, por Camilla Pires de Carvalho Leite.
No Eixo Conservação, Biodiversidade e Requalificação Hidroambiental as apresentações foram: ‘Efeitos da Alteração Hidrológica na Ictiofauna do Baixo Curso do Rio São Francisco’, por Alexandre Clistenes de Alcantara Santos. Análise Temporal do Uso do Solo no Trecho Submédio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, por Ana Helena Coelho Medeiros. Diagnósticos de Processos Erosivos na Mesorregião do Vale do São Francisco: Primeira Análise, por André Felipe da Silva. Paradigma Big Data na Modelagem Hidrosedimentológica da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, por Carlos Alberto Prata de Almeida.
O Eixo Quantidade e Qualidade da Água também teve trabalhos inscritos para apresentação oral: Resposta da Acidez Trocável e Acidez Potencial da Solução do Solo no Cultivo da Beterraba em função de Lâminas de Água e Níveis de Sais, por Cinara Bernardo da Silva. A Regularização da Vazão como Indicador de Pressão Hidrológico e Geomorfológico no Sistema Estuarino do Rio São Francisco, por Cleidinilson de Jesus Cunha e Variações Temporárias da Disponibilidade Hídrica no Rio São Francisco em seu Baixo Custo, por Fábio Brandão Britto.
Durante o intervalo todos os participantes puderam degustar um coffee break ao som de um trio pé de serra, que não deixou ninguém parado quem sabia arrastar o pé, logo entrou um par para acompanhar.
A tarde foi encerrada com a realização de uma mesa redonda sobre Mobilização e Dimensão Territorial, moderada por professor Dr. Licio Valério (IFS) e contou com as apresentações da Professora Dra. Maria Augusta Mundim Vargas (UFS) e do professor George Gurgel de Oliveira (UFBA).
A Dra. Maria Augusta trouxe uma perspectiva prática, sem perder de vista o ponto de vista metodológico. “Conflitos e impactos situam-se na complexa satisfação das necessidades materiais (politicas, econômica, social e cultural), em que pese as necessidades eminentes. Devemos pensar a dimensão social para as outras dimensões em quantidade e qualidade de água, principalmente”.
“É muito difícil romper barreiras e o papel das instituições de ensino superior é promover o debate, e o Comitê foi muito feliz em abrir as portas para essa possibilidade. Podemos construir um caminho mais forte e só assim poderemos criar um novo futuro e trazer uma nova realidade para as populações”, explica Maria Augusta.
George Gurgel de Oliveira falou sobre a Mobilização e Dimensão Social, que deve começar a partir das relações estabelecidas com a política, a economia e meio ambiente. Ele aproveitou para elucidar como as organizações brasileiras podem e devem se relacionar junto aos Comitês de Bacias.
“Quero fortalecer o papel do Comitê, como articulador interno e como instrumento de diálogo fora do território da bacia do São Francisco pelo Brasil a fora. Precisamos equalizar os problemas de desmatamentos, salinização, uso intensivo de agrotóxicos, ausência de saneamento básico, irrigação, erosão e assoreamento, além dos serviços públicos em geral, especialmente nas áreas de educação e saúde. Precisamos avançar em nosso desenvolvimento e isso se faz com investimentos em educação. Precisamos ser otimistas e esse Simpósio é uma demonstração clara do nosso otimismo, que ainda não desistimos”, destaca George.
Confira as fotos do evento:
*Texto: Vitor Luz
*Fotos: Edson Oliveira
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