11/10/2012
GTOSF propõe ampliar o debate sobre vazão ambiental
Ao final da reunião ocorrida nesta quarta-feira (10.10), em Recife (PE), o Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica na Bacia do Rio São Francisco – GTOSF aprovou recomendação ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – CBHSF para que amplie a discussão sobre a vazão ambiental, assumindo a iniciativa de promover oficinas com essa finalidade junto a todos os segmentos representados no colegiado.
A recomendação foi aprovada após o debate que se seguiu à apresentação técnica da professora Yvonilde Medeiros da Ufniversidade Federal da Bahia – UFBA, sobre a metodologia que vem sendo desenvolvida visando o estabelecimento de uma vazão ambiental para o rio São Francisco, com vistas a conciliar os interesses econômicos e ambientais relacionados com o uso da água do rio.
A proposição das oficinas partiu de Carlos Eduardo Ribeiro Junior, representante da Sociedade Civil Canoa de Tolda e de Pedro de Araújo Lessa, representante da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Sergipe, e foi aprovada por unanimidade pelos demais integrantes do grupo.
“As oficinas são necessárias, para que o assunto possa ser discutido com todos os segmentos do Comitê e para que estes possam oferecer suas contribuições para essa questão, que atualmente é uma das mais importantes para o futuro do rio”, observou Carlos Eduardo Ribeiro.
Pedro Lessa também defendeu que a discussão seja abrangente: “No momento em que avançam os estudos para se equacionar tecnicamente a questão, é preciso que o Comitê sabiamente busque as respostas para esse problema junto a todas as partes interessadas e que se empenhe para que haja uma participação efetiva da sociedade nessa discussão”, argumentou.
O estabelecimento de uma vazão ambiental para o rio São Francisco é uma discussão que vem ganhando corpo internamente no CBHSF em razão dos impactos que as oscilações no nível do rio vêm provocando no ecossistema aquático e junto aos usuários. Por abrigar usinas hidrelétricas no seu curso, o rio São Francisco está sujeito à interferência não somente das vazões naturais, como também das vazões determinadas pelas manobras operatórias nos reservatórios.
Além de membros do Comitê, participaram da reunião do GTOSF representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf, Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig, Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Alagoas, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Universidade Federal da Bahia – UFBA e Sociedade Civil Canoa de Tolda.
O GTOSF foi criado pelo Comitê do São Francisco em maio de 2008, para acompanhar as operações hidráulicas e analisar, discutir e propor encaminhamentos para as questões relacionadas com o uso múltiplo da água do rio.
Assessoria de Imprensa
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